VIDA DA COMUNIDADE

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sábado, 26 de maio de 2012

ESCRAVOS ATÉ QUANDO?

"Como é grande a misericórdia do Senhor e o perdão que concede àqueles que para Ele retornam!" (Eclo 17,29)

A comemoração da abolição da escravatura, no mês de maio, me recorda as férias de Claudio e da Luciana na fazenda de seus avós. O Claudinho levou consigo um estilingue. Diante da recomendação para não usá-lo, o jovem garantiu que não mataria nenhum pássaro e que pretendia apenas treinar sua pontaria jogando pedras no lago e nas árvores dos arredores. Diante da promessa, seu avô deixou bem claro que o mandaria de volta para casa, caso ele matasse um único pássaro. Certa manhã, o Claudinho brincava no quintal da casa quando um periquito pousou no fio da rede elétrica e, por alguns instantes, se manteve ali. Diante do alvo tentador, o jovem não se conteve e mirou seu estilingue em direção ao pássaro, certo de que não iria atingi-lo, pois nem mesmo nas árvores ele estava conseguindo acertar o alvo. Porém, o inesperado aconteceu: a pedrada foi certeira e matou o pequeno pássaro. Apavorado, o garoto apanhou a ave do chão, escondeu-a atrás do paiol e não contou o incidente para ninguém. No entanto, à distância, sua irmã havia assistido a cena sem que ele a notasse. Após o almoço daquele mesmo dia,  a avó convidou a menina para ajudá-la a lavar a louça. Simulando certa tristeza, a Luciana disse: "Ah, vovó, eu adoraria fazer esse serviço, mas o Claudinho faz tanta questão de ajudá-la". Diante do olhar admirado do menino, ela sussurrou em seu ouvido: "lembra-se do periquito?". Apesar do ódio que sentia e sem poder reagir, o Claudio lavou toda louça do almoço. O mesmo aconteceu no jantar e repetiu-se nos outros dias. Todo trabalho sobrava para ele, sempre acompanhado do sussurro: "Lembra-se do periquito?". Não mais suportando a chantagem, o garoto decidiu confessar-se e pedir perdão. Seu avô o abraçou e disse: "Eu estava na janela e vi o ocorrido. Levado pelo impulso você agiu de forma errada, sem medir as consequências. Eu já o perdoei e estava aqui só me perguntando até quando você deixaria sua irmã escravizá-lo!". Assim age o demônio. Ele está a todo instante apontando nossas falhas e tirando proveito delas para chantagear, escravizar e tirar a alegria do dia a dia, obrigando-nos a mentir e cultivar ódio e rancor. No entanto, Deus nos conhece muito bem e sabe das nossas falhas. Sabe também que levados pelo impulso nós falamos, julgamos e até matamos com palavras injuriosas. Através da janela da vida, Deus observa nossos passos e espera somente nosso arrependimento e confissão para nos perdoar. Ele quer a liberdade de todos os seus filhos e filhas, por isso deve estar se perguntando: "Eu já dei até mesmo a vida de meu Filho para abolir a escravidão, até quando eles irão permitir que o demônio os escravize?".

Artigo Família, vida e missão
da revista O Mílite

Autor: Locutor Jorge Lorente
Rádio imaculada Conceição 1490 AM
São Bernardo - SP

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