VIDA DA COMUNIDADE

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segunda-feira, 2 de julho de 2012

LUTAR PELA VIDA

Vivemos em uma sociedade cujos valores morais estão se perdendo dia após dia. A vida já não tem mais sentido e importância. É a cultura do viver por viver, e mais: o viver de forma a se evitar a dor e o sofrimento alheio, uma vida anestesiada, indolor. Esta falsa idéia que paira na mentalidade pós-moderna ficou em destaque com a decisão do Supremo Tribunal Federal - STF - que descriminalizou o aborto dos bebês anencéfalos, em abril deste ano. Isso representa uma lástima àqueles meninos e meninas que, por terem uma deficiência congênita, terão seu direto de viver, previsto na Constituição Federal, negado.
A justificativa é de que a gravidez de um anencéfalo representaria um sofrimento para as mães, já que o bebê supostamente não teria condições de sobreviver por muito tempo. Então, para se evitar tamanho constrangimento, e assim preservar a dignidade da mulher, o mais fácil é descartar o bebê. Porém, como bem ressalta o Padre Mário Marcelo Coelho, em seu livro "O que a Igreja pensa sobre...": "o drama pessoal pelo qual passa a gestante não pode ser superado com eliminação do mais fraco, não se pode tentar resolver o que é dramático com o trágico! No dramático existe a possibilidade de uma positivadade, no trágico só a destruição".
Outra questão levantada seria a morte cerebral, uma vez que os bebês anencéfalos seriam considerados "natimortos". Mais uma vez citando o Padre Mário Marcelo, "o encéfalo é constituido de três partes: cérebro, cerebelo e tronco encefálico. Somente quando cessam total e definitivamente as funções nas três  partes do cérebro se pode dizer que alguém está morto. A criança anencéfala pode não possuir boa parte do cérebro, mas necessariamente ela possui o tronco encefálico, do contrário ela nem sequer poderia desenvolver-se e crescer. Com efeito, o tronco encefálico rege funções vitais como, por exemplo, os batimentos cardíacos".
Sim, o coração da criança que possui anencefalia pulsa cheio de vida! E como bem descreve a Constituição Federal no artigo 1º, III, um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito é a "dignidade da pessoa humana". Estes bebês são seres humanos, são vidas. A diferença é que precisam de cuidados especiais. Não é justo que seus direitos sejam negados em decorrência da doença de que foram acomentidos. O Catecismo da Igreja Católica salienta que "o direito inalienável à vida de todo indivíduo humano desde sua concepção é um elemento constitutivo da sociedade civil e da sua legislação. Quando o Estado não põe sua força a serviço dos direitos de todos e em particular dos mais fracos, entre os quais os ainda não nascidos, minam-se os fundamentos mesmos de um Estado de direito".
O físico alemão naturalizado norte-americano Albert Einstein (1879-1955) afirmou: "a vida é sagrada, representa o valor supremo do qual dependem todos os demais valores". Mas infelizmente não foi isso que o STF levou em consideração. E dessa forma, as crianças com anencefalia não poderão sentir seus corações pulsarem por muito tempo se assim decidirem suas mães. Também não poderão sentir os raios do sol tocando sua pele e nem terão a oportunidade de vir ao mundo e ser parte dele. Mas isso não significa o fim da guerra contra essa pseudo-mentalidade pós-moderna que dessacraliza a vida e a faz perder seu valor.


Artigo A Igreja no Mundo, da Revista O Mílite
mês de junho de 2012 nº 256
Autor: Ádamo Antonioni
Rádio Imaculada Conceição 580 AM
Campo Grande - MS

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